Se tal modo, pudesse o condicionamento do Centro de Incubação e Condicionamento fluir no espírito do homem, a fim de formar não seres alfas e Ípsillons. Mas seres além desses extremos. De certo, não seria condicionamento, tampouco oriundo de incubação. Assim sendo, verdadeiramente não mais ironia de título, mas de fato, um admirável mundo novo...
Nesse sentido, o que torna a concepção de Aldous Huxley mais brutal com a realidade, é que a formação do Centro de Incubação e Condicionamento, visando estabilidade e comunidade. De certo, é a mais próxima da condição da sociedade atual.
Não mais indivíduos, mas instrumentos revestidos de carne e órgãos humanos, pré programados para um propósito de se fazer existir a mais unida comunidade, um controle prazeroso em prol da estabilidade mundial...
Um fim a ser alcançado, por meios mais incomuns possíveis.
E dessa perspectiva ficcional de mundo distópico, é que podemos notar, que por mais que os meios de geração e formação dos instrumentos que irão compor a sociedade, sejam abjetos e de um padrão científico ficcional. Decerto, não é exagero, perceber que pelo menos, nos padrões de comportamento sociais e de paradigmas. Certamente, há uma semelhança fidedigna com a realidade social atual...
Nesse sentido, o que o leitor precisa diferenciar e se conscientizar da obra para a realidade. É que embora há semelhança entre aquele admirável mundo novo, para este. Certamente, não há na origem da sua composição. Pois verdadeiramente, não viemos de incubação e geração igual ao C.I.C, pelo menos não nesse mundo e nesta dimensão.
Os padrões de condicionamento, a retardação da maturidade, tal como atrofiação do livre pensamento. De verdade, não ocorrem nesta nossa realidade de maneira injetada ou programada ao nascermos. São influídas em nós de maneira sutil. Por vezes, sem o indivíduo perceber ele mesmo adota tais condicionamentos, ele ama isso e ingere em si próprio. Afinal, é cômodo estar onde "todos parecem felizes e satisfeitos"
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