quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

SALMO 151


Senhor tenha misericórdia de mim e não deixe que eu venha morrer em espírito, pois se eu morrer, tampouco restará de mim somente vagar em prol da carne, de modo que me guiarei sobre meus instintos dando total atenção ao meu pecado, assim sendo não agirei em bom senso e razão, de modo que estando morto esquecerei totalmente o que é o juízo e a prudência.
Te peço Pai que não se atente aos meus pecados, pois são muitos, todavia pai me corrija e me faça não somente ver, mas saber andar no caminho certo e prudente conforme a tua graça e amor, visto que se eu digo por mim mesmo "pararei e serei virtuoso por mim mesmo" estaria eu fazendo a afirmação mais tola possível, pois necessito em alta de ti e da sua força, porque quando estás tu em mim aí é que sou forte.
Escrevo este salmo por desabafo e também por súplica mediante ao temor que tenho a ti Pai, pois tu és meu pai que me dá tudo e nunca me deixou só. Contudo Pai mediante ao meu arrependimento não queira eu somente ser perdoado, deste modo me ensina também perdoar meus irmãos, pois feri aqueles próximos a mim por causa da minha maldade, logo não me faço bom, no entanto recorro a se aproximar de ti que é detentor de toda complacência para ser um ser melhor.
Neste parágrafo deixo registrado minhas palavras pequenas, que não chegam a tua grandeza e soberania, no entanto Pai são estas as mais sinceras palavras do fundo de minha amargurada alma, alma esta que reconhece em paralelo a tua bela santidade e minha horrível iniquidade, então por motivo nobre que este escrito não sirva somente de mim, mas de muitos filhos teus, filhos estes que são meus irmãos que estão longe de ti, todavia tu Deus poderoso faz nos aproximarmos de ti.
Como a natureza necessita da ordem da criação, para tudo regir em harmonia, assim somos nós necessitando da tua misericórdia e amor, dói não compreendemos com exatidão toda tua grandeza e amor sobre nós; por agora, todavia naquele grande dia as escamas cairão dos nossos olhos e veremos mais além do que olhar da águia que avista a distância o sumo que tens preparado.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Guerra Interna



Um devero caos constante, uma guerra interminável, visto que não exitava em parar de vez, e sim cessava, mas não acabava, e nisto queria dizer sobre anjos e demônios que me rodeavam, um criador sublime (Deus) me amparando, chamando e um rebelde astuto (Diabo) querendo minha alma. A sabedoria vinha em meu espírito sobre concessão daquele, no entanto ainda em mim havia tamanha tolice mediante ao meu Eu egoico que é servidor dos meus pecados, e neste último os demônios ludibriavam-me na demasia tentação, que eu desgastado não sabia a quem servir, de modo que não era tomado por nenhum nem outro, mas sim por uma medíocre indecisão inerte, vagando no ausente trilho sabendo que vinha estar distante do divino, mas ele vinha brilhar sua luz a todo distante, ao passo que não passava um dia sequer sem pensar no sumo divino guardado para mim, todavia minha carne não passava um dia sequer sem gritar por satisfação, visto que se cumpria o dito do mestre "que quem comete pecado é escravo do pecado"
Tais coisas escrevo aqui ao som de gymnopédie 1 de Erik Satie, após refletir sobre o decorrer de um dia que comecei na oração de clamor ao Pai, oscilei entre maldade e "bondade", filosofei para um próximo sobre um caos não percebido, dei atenção aos pensamentos mecânicos de um encanto, e em repouso me entreguei a servidão da carne e por agora em reflexão: registro por algum motivo significativo o que passo por uma guerra interna, afim de que este nobre ato me distraia da amargura silente, para me tornar conhecido a mim mesmo.
Sobre tais digo que não sabia em que fim ia dar, por aquela guerra, todavia me atentava que quando o fim chegasse seria eu outro diferente de agora e releria este escrito por um único estado. Digo também que me questionava sobre este arauto, se por ventura iria um destes prevalecer sobre mim? ou de modo que os dois me pertenciam? visto que se não? convém então que um Eu se esvazie?
O campo era sublime e já era costume então, aguardar a próxima batalha, mas notei em um elevado e único momento por agora, que eu visava esta batalha de um olhar distante e nisto se vinha a descobrir sobre o outro Eu, Eu espectador presente, Eu que não me pertence, Eu que nunca me deixou faltar nada.