domingo, 25 de novembro de 2018

Viver...

A vida não tem muito sentido para mim, pois outrora foi assim desde aquele dia que me esclareceram tudo, dali em diante minha visão quebrava qualquer paradigma, de modo que o sentido que o padrão do mundo oferecia era pobre para mim, pelo menos em essência.
Navegando assim, tive que buscar um novo sentido para viver, do qual faz me mover e ter um motivo para acordar todos os dias, suportando as ondas da aflição. Mas esse sentido que propus, vinha do meu mais fundo e elevado ser; o meu eu verdadeiro, mas bem percebi eu; que por horas eu me distanciava de mim, quase que me perdendo, assim sendo também a vida perdia sentido e também o viver, portanto eu voltava a ter que me procurar; até me encontrar de novo e continuar navegando com vivacidade.
Porque o mundo não deixas que sejas verdadeiramente tu mesmo, para que se perca de si e não sonhe em viver, mas tão somente sucumba e entre no padrão estabelecido por ele através do condicionamento, de modo que sejas guiado e não se guie...
Pois bem sabia eu que meu espírito vinha a me guiar em tal diretriz, outrora havia desejos em mim que fugiam disto, pois tudo a minha volta tendenciava a alimentá-los para que eu me desvirtuasse e me desvirtuando, próximo da morte eu ficava. Vindo a ceder as fraquezas naquela angústia, todavia tal luz vinha a brilhar sobre mim, e o sentido voltava junto com a vontade de viver, e com a vontade de viver vinha a força e com a força; a fé se alinhava, dali sabia eu a direção que tinha a tomar...

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Meus versos



O que diz meus versos?
Expressa bem eles toda tensão de minha nobre alma?
Não sei, mas bem sinto que eles uma vez bem expressos me trazem a calma...
Calma aquela do alívio realizado do artista que montou a arte
Arte aquela que sinto que a contemple em parte...
Para que a contemplando totalmente, ela não o amedontre, mas o toque
Pois minha arte ao te tocar, saberei que em momentos de ti tomei posse...
Então pergunto o que diz meus versos?
Conseguem eles dizerem sobre as maravilhas e tragédias do mundo?
Bem não sei eu, mas bem sinto e ançeio em inocência que eles mudem esse mundo...
Outrora eles não mudando, sei que acreditar já é uma mudança
Pois se não acreditasse não o faria estes versos e assim sendo não teria esperança...
Mas tendo esperança me encontro com a decepção
Todavia até mesmo nela, faço versos para vossa contemplação...
E quando penso que fiz versos demais, ainda me pergunto o que diz meus versos?
Ah é que ele faz parte do meu universo infinito
No entanto em palavras encontradas eu o finito...
E assim os chamo de versos.
Então Consegue responder sobre o que diz meus versos?

domingo, 12 de agosto de 2018

Sobre viver de arte

Toda a arte tem o intuito de ser exposta, porém algumas precisam ser atreladas a algo, principalmente quando for o caso do artista depender dela para viver, disto chamo de arte implícita ou mesclada.






Há casos de artistas que vivem da sua arte no mundo a fora expondo ao público: tipo o pintor que coloca seus quadros pra venda, ou até mesmo os artesanais e músicos estando estes ao ar livre, estes mesmos são ousados, pois vivem em missão perigosa, visto que podem sofrer em matéria ainda que estejam felizes consigo mesmo, de modo que nem todo mundo contempla a arte muito menos compra ou doa dinheiro por ela...
A arte implícita que se mescla é aquela que se atrela ao sistema junto as exigências do mesmo. Assim sendo o artista usa seu dom a seu favor e o vende para o mercado de trabalho e não o expõe totalmente, mas o usa de forma nutrida dentro de sua profissão.
Pro artista a realização de criar algo significativo para ele mesmo e depois soltar, afim de que outrem contemple já é um viver, pois ai está o sentido da arte. O sentimento de algo criado com empenho e motivação; durante o processo de criação que se conclui em algo belo e estranho ao mesmo tempo (pro artista isso é valioso). Todavia ele vive um dilema de um outro pseudo "viver" que pode ser chamado melhor de sobrevivência, visto que pro artista a arte já é a vida em seu espírito, no entanto ainda ele possui necessidades humanas que tão somente o sistema supre, e ele cobra um preço e exige do artista para tal sobreviver. Esse dilema da um choque no lado humano do artista, pois faz que tal viva em conflito entre colocar empenho em sua arte e se entregar a ela; a ponto que ela apenas ofereça uma vida simples em questões de suprir necessidades e o desejo sobre conforto material, ou tão somente deixar morrer o eu artístico e engrenar no sistema para as exigências do mercado de trabalho.
São questões de reflexão que uma vez feitas, causam conflito e divisão naquele que possui uma nobre alma de artista, todavia ainda assim é possível ser sagaz usando a arte implícita que se mescla que foi citada anteriormente no início desse texto. E de tal é possível se realizar e viver bem, pois penso se meu espírito está bem meu corpo também deve estar, não que nesse escrito esteja a intenção de ser contra a simplicidade do artista, mas trazer um outro olhar referente a possibilidade de viver de arte...

domingo, 15 de abril de 2018

Poema: Deixe eu dizer



Deixe eu dizer!
Aquilo que está preso e formulado sobre minha nobre lírica...
Todavia se ficar confuso, perdão!
Pois não foi por querer, mas deixe eu dizer!
Em palavras dançantes, pois estão sobre beleza e sentimento harmônico...
No entanto se ficar brega não se entendieis vós, pois foi por "um" querer, mas deixe eu dizer!
Sobre o enigma que tenho tido comigo mesmo, enigma este que tenho suportado até o momento e outrora...
Mas por favor não se assuste por este mistério, pois não vem do meu querer, mas deixe eu dizer!
Da forma mais agressiva e sutil, de um dito bagunçado guardado de mim...
Porém não se espante em curiosidade sobre ele, pois ele passa por varias fases até se tornar o dizer...
Nem tão pouco o reprimas pela agressividade deste, nem outrora se deleite, todavia o observe se for o caso, mas deixe eu dizer...

Joguei esses versos para tentar exemplificar um "clamor" implícito sobre a vontade dizer, sobretudo soltar, aquilo que mesmo eu prendo por vós...

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Eu lírico, pedaços e fragmentos



Por certas vezes quebrei
E tão somente nestas pirei...
Quebrei sim em pedaços
De mim que era montado e organizado no quadro...
Todavia nos meus pedaços fiz quadros, quadros montados em arte
Fragmentados em enigmas sobre paradigmas de vidas...
Despedaçado eu observa cada pedaço de mim por fora
Para entender melhor de mim em outrora...
Afim de que quando eu mesmo me montasse, saberia que se desmontasse 
Em um passe montasse de novo meu eu...
Eu que quero agarrar e não deixar soltar, para dizer que é meu
Visto que foge de mim e vejo eus paralelos nos braços de morfeu...
Ao despertar daqueles braços, se deparava a fazer esboços
Cujo a intenção era ir dentro de mim, semelhante ao mais fundo dos poços...


quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

SALMO 151


Senhor tenha misericórdia de mim e não deixe que eu venha morrer em espírito, pois se eu morrer, tampouco restará de mim somente vagar em prol da carne, de modo que me guiarei sobre meus instintos dando total atenção ao meu pecado, assim sendo não agirei em bom senso e razão, de modo que estando morto esquecerei totalmente o que é o juízo e a prudência.
Te peço Pai que não se atente aos meus pecados, pois são muitos, todavia pai me corrija e me faça não somente ver, mas saber andar no caminho certo e prudente conforme a tua graça e amor, visto que se eu digo por mim mesmo "pararei e serei virtuoso por mim mesmo" estaria eu fazendo a afirmação mais tola possível, pois necessito em alta de ti e da sua força, porque quando estás tu em mim aí é que sou forte.
Escrevo este salmo por desabafo e também por súplica mediante ao temor que tenho a ti Pai, pois tu és meu pai que me dá tudo e nunca me deixou só. Contudo Pai mediante ao meu arrependimento não queira eu somente ser perdoado, deste modo me ensina também perdoar meus irmãos, pois feri aqueles próximos a mim por causa da minha maldade, logo não me faço bom, no entanto recorro a se aproximar de ti que é detentor de toda complacência para ser um ser melhor.
Neste parágrafo deixo registrado minhas palavras pequenas, que não chegam a tua grandeza e soberania, no entanto Pai são estas as mais sinceras palavras do fundo de minha amargurada alma, alma esta que reconhece em paralelo a tua bela santidade e minha horrível iniquidade, então por motivo nobre que este escrito não sirva somente de mim, mas de muitos filhos teus, filhos estes que são meus irmãos que estão longe de ti, todavia tu Deus poderoso faz nos aproximarmos de ti.
Como a natureza necessita da ordem da criação, para tudo regir em harmonia, assim somos nós necessitando da tua misericórdia e amor, dói não compreendemos com exatidão toda tua grandeza e amor sobre nós; por agora, todavia naquele grande dia as escamas cairão dos nossos olhos e veremos mais além do que olhar da águia que avista a distância o sumo que tens preparado.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Guerra Interna



Um devero caos constante, uma guerra interminável, visto que não exitava em parar de vez, e sim cessava, mas não acabava, e nisto queria dizer sobre anjos e demônios que me rodeavam, um criador sublime (Deus) me amparando, chamando e um rebelde astuto (Diabo) querendo minha alma. A sabedoria vinha em meu espírito sobre concessão daquele, no entanto ainda em mim havia tamanha tolice mediante ao meu Eu egoico que é servidor dos meus pecados, e neste último os demônios ludibriavam-me na demasia tentação, que eu desgastado não sabia a quem servir, de modo que não era tomado por nenhum nem outro, mas sim por uma medíocre indecisão inerte, vagando no ausente trilho sabendo que vinha estar distante do divino, mas ele vinha brilhar sua luz a todo distante, ao passo que não passava um dia sequer sem pensar no sumo divino guardado para mim, todavia minha carne não passava um dia sequer sem gritar por satisfação, visto que se cumpria o dito do mestre "que quem comete pecado é escravo do pecado"
Tais coisas escrevo aqui ao som de gymnopédie 1 de Erik Satie, após refletir sobre o decorrer de um dia que comecei na oração de clamor ao Pai, oscilei entre maldade e "bondade", filosofei para um próximo sobre um caos não percebido, dei atenção aos pensamentos mecânicos de um encanto, e em repouso me entreguei a servidão da carne e por agora em reflexão: registro por algum motivo significativo o que passo por uma guerra interna, afim de que este nobre ato me distraia da amargura silente, para me tornar conhecido a mim mesmo.
Sobre tais digo que não sabia em que fim ia dar, por aquela guerra, todavia me atentava que quando o fim chegasse seria eu outro diferente de agora e releria este escrito por um único estado. Digo também que me questionava sobre este arauto, se por ventura iria um destes prevalecer sobre mim? ou de modo que os dois me pertenciam? visto que se não? convém então que um Eu se esvazie?
O campo era sublime e já era costume então, aguardar a próxima batalha, mas notei em um elevado e único momento por agora, que eu visava esta batalha de um olhar distante e nisto se vinha a descobrir sobre o outro Eu, Eu espectador presente, Eu que não me pertence, Eu que nunca me deixou faltar nada.