quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Até o brilho se fazer presente

Antes eu escrevia sobre coisas, e destas coisas vinham críticas minhas e de igual modo também eu escrevia sobre o mundo e sobre a vida em geral e como eu os via. De certo também vinham junto as críticas engessadas de tal pessimismo, sim pois eu estava morrendo no que se referia a alegria.
Entrementes também escrevia muito sobre mim e meus estados, sobretudo os estados de angústias dos únicos gritos de choro. E de tais formas sozinho busquei refúgio onde não se devia buscar, fiz perguntas que não se deviam saber, e destas perguntas obtive respostas que me fizeram saber demais. E nisto compreendi que não se deve saber tanto, uma vez que não temos preparo para lidar com tamanho saber.
Nestas linhas eu dividi minha atenção: o meu olhar preciso e aguçado sobre as coisas, o mundo e a vida em geral, como também o conhecimento e a observância de mim. E tão somente nesse paralelo eu me afundei e destes escrevi muitas coisas...
Mas por agora ainda que obtenha talento para dicertar sobre estes, não o faço mais, como também não vem a vontade genuína e verdadeira.
Pois por agora só tem havido vontade e pensamentos de glorificação do nome daquele, de expressar gratidão, de exaltar a soberania daquele que é digno de falar do teu amor e de viver tal amor, ainda que minha condição esteja guiando para tristeza e raiva. Tal graça e bença daquele tem feito que olhemos a nós, as coisas, o mundo e a vida em geral com brilho e alegria, mesmo estando conscientes das moléstias presente que ainda se encontram.
Como queria deixar nítido a expressão da minha alma que se encanta pelo teus mistérios e quão vivo fica meu espírito ao sentir teus toques. Todavia por agora trazemos flashes e incógnitas, como também não vivificamos totalmente tal beleza.
Mas há de chegar brevemente aquilo que é realmente o suprassumo da vida.

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Linhas além daqui

Nietszche diz que o homem mais espiritual, supondo que seja corajoso, sofre ele as maiores tragédias inteiras. 
Sobre isto no meu ver o homem que se torna íntimo dos padrões desse mundo, retrocede em virtudes e na geração de suas ideias, pois outrora em companhia dele, fica o mesmo propício ao alimento excessivo dos maus hábitos e impulsos, no tocante aos instintos básicos animalescos, instintos estes que leva a uma padronização coletiva, e inconscientemente a ascensão dos pecados capitais como gula, preguiça e luxúria.
Assim sendo mesmo uma pessoa que tema a Deus ou siga preceitos religiosos, não significa que tal possui ligação com o divino ou até mesmo experiência mística, tampouco virtudes simples como a sensibilidade, humildade e a gentileza, pois considero que tais se construa numa solidão benevolente, do que se refere ao encontro consigo mesmo, levando o ser a se tornar íntimo do divino, mais precisamente o enchimento de Deus em si e o esvaziamento de si próprio.
Porque uma vez que o indivíduo se torna íntimo do divino, ele é abençoado com talentos e sua base se volta para as virtudes, de modo que sua essência faça se girar em torno do mundo em contribuição, e não que o mundo gire em torno dele (num egocentrismo).
Todavia não é de interesse do mundo e seus senhores, que por vez a sociedade eleve o espírito, pois do contrário seríamos livres e nos guiaríamos na luz do espírito e estando assim, a mesquinhez não faria sentido nenhum, nem tampouco as oferendas que tentam a vaidade, porque o espírito visa transcender, logo não se apega as coisas vãs...
E o homem mais espiritual segue sozinho, uma vez que a massa segue a dinâmica do mundo e seus padrões sociais que empobrecem a alma e renega a sabedoria. Seguindo sozinho em coragem, ele sofre pelo não alinhamento de quem ele é e de quem o mundo quer que ele seja...