sábado, 11 de novembro de 2017

Ensaio breve sobre o filósofo


Este pode ser um perigo como companhia, tanto que Nietzsche em um dos seus aforismos diz "O filósofo, como eu entendo, é um explosivo terrível na presença de qual tudo está em perigo", por poder desconstruir qualquer paradigma social e saber esclarecer o que é ilusão e o que é real. 
Este também recebe rótulos como um indivíduo chato e louco, visto que pra ele tudo se torna complexo e profundo, de modo semelhante sua condição como ser pensante faz transformar o belo em feio e o feio em belo, nisto o tal torna o assunto mais banal ao mais interessante por sistematização de ideias, por conseguinte este também idealiza a solução mediante ao caos no mundo, no entanto por consciência sabe da dificuldade de colocar em prática sua idealização...
Este evita falar, pois sabe a diferença entre o dizer e o falar, de modo que aprecia o silêncio e encontra nele a forma correta de economizar palavras, afim de que estas não sejam jogadas ao vento, para concentrar elas ao pensamento e se encontrar com o seu espírito.
Este questiona, contudo questiona mais ainda sobre as questões, porque saber a resposta para ele é vago, visto que procura compreender o porquê do questionamento deduzindo então a causa de sua resposta, para que por sabedoria compreenda melhor o mundo a sua volta, por isto Descartes diz " Viver sem filosofar é o que se chama ter os olhos fechados sem os nunca haver tentado abrir", visto que não quer compreender o mundo, de modo que é guiado, portanto não se guia.
Este conhece bem a solidão ainda que esteja acompanhado em matéria, pois no abstrato está só e se sente incompreendido, porque sua percepção permite saber e compreender que o mundo das ideias é desvalorizado, que a miséria mental é uma pseudo virtude e que o superficial brilha.