terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Guerra Interna



Um devero caos constante, uma guerra interminável, visto que não exitava em parar de vez, e sim cessava, mas não acabava, e nisto queria dizer sobre anjos e demônios que me rodeavam, um criador sublime (Deus) me amparando, chamando e um rebelde astuto (Diabo) querendo minha alma. A sabedoria vinha em meu espírito sobre concessão daquele, no entanto ainda em mim havia tamanha tolice mediante ao meu Eu egoico que é servidor dos meus pecados, e neste último os demônios ludibriavam-me na demasia tentação, que eu desgastado não sabia a quem servir, de modo que não era tomado por nenhum nem outro, mas sim por uma medíocre indecisão inerte, vagando no ausente trilho sabendo que vinha estar distante do divino, mas ele vinha brilhar sua luz a todo distante, ao passo que não passava um dia sequer sem pensar no sumo divino guardado para mim, todavia minha carne não passava um dia sequer sem gritar por satisfação, visto que se cumpria o dito do mestre "que quem comete pecado é escravo do pecado"
Tais coisas escrevo aqui ao som de gymnopédie 1 de Erik Satie, após refletir sobre o decorrer de um dia que comecei na oração de clamor ao Pai, oscilei entre maldade e "bondade", filosofei para um próximo sobre um caos não percebido, dei atenção aos pensamentos mecânicos de um encanto, e em repouso me entreguei a servidão da carne e por agora em reflexão: registro por algum motivo significativo o que passo por uma guerra interna, afim de que este nobre ato me distraia da amargura silente, para me tornar conhecido a mim mesmo.
Sobre tais digo que não sabia em que fim ia dar, por aquela guerra, todavia me atentava que quando o fim chegasse seria eu outro diferente de agora e releria este escrito por um único estado. Digo também que me questionava sobre este arauto, se por ventura iria um destes prevalecer sobre mim? ou de modo que os dois me pertenciam? visto que se não? convém então que um Eu se esvazie?
O campo era sublime e já era costume então, aguardar a próxima batalha, mas notei em um elevado e único momento por agora, que eu visava esta batalha de um olhar distante e nisto se vinha a descobrir sobre o outro Eu, Eu espectador presente, Eu que não me pertence, Eu que nunca me deixou faltar nada. 

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