terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Linhas além daqui

Nietszche diz que o homem mais espiritual, supondo que seja corajoso, sofre ele as maiores tragédias inteiras. 
Sobre isto no meu ver o homem que se torna íntimo dos padrões desse mundo, retrocede em virtudes e na geração de suas ideias, pois outrora em companhia dele, fica o mesmo propício ao alimento excessivo dos maus hábitos e impulsos, no tocante aos instintos básicos animalescos, instintos estes que leva a uma padronização coletiva, e inconscientemente a ascensão dos pecados capitais como gula, preguiça e luxúria.
Assim sendo mesmo uma pessoa que tema a Deus ou siga preceitos religiosos, não significa que tal possui ligação com o divino ou até mesmo experiência mística, tampouco virtudes simples como a sensibilidade, humildade e a gentileza, pois considero que tais se construa numa solidão benevolente, do que se refere ao encontro consigo mesmo, levando o ser a se tornar íntimo do divino, mais precisamente o enchimento de Deus em si e o esvaziamento de si próprio.
Porque uma vez que o indivíduo se torna íntimo do divino, ele é abençoado com talentos e sua base se volta para as virtudes, de modo que sua essência faça se girar em torno do mundo em contribuição, e não que o mundo gire em torno dele (num egocentrismo).
Todavia não é de interesse do mundo e seus senhores, que por vez a sociedade eleve o espírito, pois do contrário seríamos livres e nos guiaríamos na luz do espírito e estando assim, a mesquinhez não faria sentido nenhum, nem tampouco as oferendas que tentam a vaidade, porque o espírito visa transcender, logo não se apega as coisas vãs...
E o homem mais espiritual segue sozinho, uma vez que a massa segue a dinâmica do mundo e seus padrões sociais que empobrecem a alma e renega a sabedoria. Seguindo sozinho em coragem, ele sofre pelo não alinhamento de quem ele é e de quem o mundo quer que ele seja...


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